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PodNext #72 – Pelo bem do Povo

Nesse episódio, os hosts JP Miguel, Gustavo Rebello e Isabela Fontanella filosofam e apontam problemas nos modelos de governo democráticos. Teve ainda: o plano americano de infrastrutura, K-POP, Araponga e muito mais.

BORA PRO PROGRAMA!

Edição: ATHELAS Soluções em Áudio para Podcasts

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One Comment

  1. Olá, tudo bem? Após escutar o episódio e a parte sobre interesse de jovens em participar da política, eu gostaria de compartilhar o meu relato.

    Me chamo Leandro Manzini, sou formado em Administração Pública pela UNESP, isso mesmo, um curso específico para a atuação em cargos públicos/políticos. Existe um campo considerável chamado Campo de Públicas compostos pelos cursos de Administração Pública, Gestão Pública, Gestão de Políticas Públicas e afins. Este campo anualmente forma centenas de profissionais com um conhecimento muito superior a boa parte dos políticos do país. Porém, para que estes jovens possam adentrar no campo, eles dependem da aprovação de quem? Justamente destes políticos.

    Para entrar na vida política um estudante desse campo possui basicamente duas opções:
    – Lançar a sua candidatura própria, o que para um vereador de uma cidade de cerca de 200 mil habitantes custa próximo a 50 mil reais. O salário de vereador cobre essas despesas em menos de 1 ano. Porém vem a questão, qual jovem recém-formado tem 50 mil reais para um investimento de alto risco?
    – Entrar para um partido, ajuda na estruturação de suas políticas e aguardar que o partido o torne um candidato. Normalmente essas pessoas desempenham um trabalho incrível de pesquisa para o desenvolvimento de políticas e legislação. Porém para o partido, quem é um candidato mais atraente, o recém formado com um conhecimento técnico impecável ou o pastor de bairro que toda dia lida diretamente com centenas de pessoas?

    Para exemplificar a dificuldade e as barreiras, vou contar a história de um colega de graduação, Matheus Santos. Matheus desde o ensino médio participava do grupo de juventude de um partido. Ingressou no curso de ciências sociais da UNESP, bastante ligado as lutas políticas, e depois se transferiu para o curso de Administração Pública, em 2012 durante a graduação, ajudou efetivamente o desenvolvimento da campanha política municipal do partido. Chegando a perder diversos dias de aula, pois ia para São Paulo estudar a leis que existiam no Brasil, em outros municípios e que poderiam ser aplicadas em sua cidade – Conhecem algum vereador populista que faz isso?? – No fim da contagem de votos o candidato que Matheus auxiliava foi eleito, e junto com ele existia a promessa de tornar o comitê de campanha em funcionários do gabinete, no entanto no começo do ano seguinte, o pessoal da campanha foi substituído por pessoas de mais influencia na cidade. Matheus ficou chateado com a “traição” e saiu do partido, porém continuou na sua luta por causas sociais, e se formou Bacharel em Administração Pública pela UNESP de Araraquara em 2015.. Em 2016 durante o seu mestrado, começou a conversar com um novo partido, de interesses parecidos, e foi desenvolvendo projetos aliando este interesse com a sua profissão de pesquisador. Após um crescimento lento dentro do partido, conseguiu chegar a câmara municipal de Araraquara em 2020, como suplente de um colega, enquanto realizava o seu doutorado na área. O mesmo estava se destacando na atuação legislativa municipal, porém com menos de 30 anos, perdeu a vida para a pandemia, deixando esposa e 2 filhos

    Enfim, me desculpem pela extensão, mas o ponto é: muitos jovens se interessam pela política sim. Porém as forças dominantes do setor não tem interesse nestes jovens, a não ser que seja para serem beneficiadas.

    Obrigado pela atenção, PARABÉNS pelo excelente podcast,
    Abraços, Leandro Manzini
    Administrador Público – UNESP – 2015

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